Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), proferiu voto na sexta-feira (7) para que Eduardo Tagliaferro, seu ex-assessor no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), seja formalmente acusado. A decisão implica que Tagliaferro se torne réu por vazamento de informações sensíveis de processos que tramitavam tanto no STF quanto no TSE.
As acusações contra Tagliaferro, formalizadas pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, são de grande gravidade. Ele é denunciado por violação de sigilo funcional, coação no curso do processo, obstrução de investigação envolvendo organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Segundo a denúncia, Tagliaferro teria entregue à imprensa conversas privadas mantidas com outros servidores dos dois tribunais. Essas conversas teriam sido obtidas em razão de seu cargo como assessor-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE.
Em resposta às acusações, Tagliaferro manifestou-se na plataforma X. Ele afirmou que “A ‘conta final’ está chegando para Moraes…”, e mencionou o livro “Supremo Silêncio”. Segundo o ex-assessor, a obra expõe “toda a perseguição contra parlamentares, jornalistas e outros absurdos que começaram no famigerado Inquérito das Fakes News”, além de relatar “censura, prisões e estranhas ações do judiciário que o ‘sistema’ quer esconder à todo custo”. O livro está disponível para aquisição neste link: https://www.conteudoconservador.com.br/products/supremo-silencio-o-que-voce-nao-pode-saber
A decisão de Alexandre de Moraes de acolher a denúncia e o posicionamento de Eduardo Tagliaferro nas redes sociais delineiam o cenário de um caso que prosseguirá para a análise judicial.
