Raimundo Nonato do Nascimento Chaves, 52 anos, técnico da Diamante Engenharia — contratada da CEB Ipes — morreu nesta sexta (28) depois de três dias lutando para sobreviver.
Na manhã de terça (25), uma explosão numa subestação do bloco C da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, queimou 60% do corpo de Raimundo.
As queimaduras atingiram tórax, braços, pernas e vias aéreas, deixando o estado de Raimundo irreversível mesmo com socorro de emergência e internação no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN).
O acidente aconteceu enquanto Raimundo fazia manutenção num quadro de iluminação pública, usado também pela distribuidora de energia, próximo ao Ministério da Igualdade Racial (MIR).
Mesmo usando uniforme antichamas e todo o equipamento de proteção recomendado, a explosão gerou chamas fortes e fumaça que se espalhou rápido, piorando ainda mais a situação.
Raimundo foi socorrido em estado crítico, mas não sobreviveu aos ferimentos.
Dois colegas que estavam na subestação e quatro pessoas dentro do prédio foram levados ao hospital por intoxicação de fumaça.
Mais 20 pessoas receberam primeiros socorros no local, mostrando o tamanho do acidente e seu impacto imediato nos que estavam por perto.
Todo o prédio foi evacuado porque a fumaça subiu rápido pelos andares.
No prédio funcionam seis ministérios: Igualdade Racial; Gestão e Inovação em Serviços Públicos; Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; Mulheres; e Povos Indígenas.
Evacuar foi crucial para impedir novas vítimas e facilitar o trabalho das equipes de emergência.
Com a morte confirmada, a Diamante Engenharia e a CEB Ipes emitiram notas de pesar e ofereceram apoio aos familiares e colegas.
Os ministérios da Igualdade Racial e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos também se pronunciaram, prometendo acompanhar as investigações e dar apoio institucional às equipes afetadas.
