Um escândalo de proporções alarmantes abala Brasília: o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) formalizou a denúncia contra Eliene Aparecida Brito, de 36 anos, acusada de praticar ‘estelionato amoroso’ e defraudar um aposentado de 84 anos da Câmara dos Deputados em mais de R$ 340 mil.
A vítima, um idoso viúvo e com diagnóstico de transtorno neurocognitivo, foi alvo de um esquema de transferências bancárias e empréstimos vultosos. As investigações conduzidas pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação (Decrin) revelam que Eliene obteve vantagens financeiras que somam mais de R$ 340 mil.
A fraude incluiu cerca de R$ 140 mil que foram transferidos diretamente para a filha menor de idade da acusada. O esquema veio à tona quando o próprio aposentado, em junho de 2024, procurou sua advogada ao não reconhecer diversas transações em sua conta bancária, incluindo a contratação de três empréstimos que totalizam R$ 180 mil.
Diante do ‘elevado prejuízo material e o profundo abalo moral causado à vítima e à sua família’, o MPDFT solicitou à Justiça que a acusada pague uma indenização por danos morais no valor de R$ 250 mil. A defesa de Eliene, por sua vez, alega que os R$ 139 mil recebidos seriam uma ‘doação’ voluntária do idoso e que os filhos da vítima estariam agindo por ‘ciúmes’, causando toda essa situação.
Contudo, registros da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) pintam um quadro diferente. Eliene Aparecida Brito já foi identificada como autora de dois furtos anteriores. Em 2010, ela foi acusada de furtar R$ 250 da carteira da proprietária de uma residência onde prestava serviços. Em 2013, foi detida após furtar seis peças de roupas de uma loja de departamento em Taguatinga Sul, com o ato registrado por câmeras de segurança e confessado por ela.
