O Nubank desligou doze funcionários na última sexta-feira, dia 7, após uma reunião interna que abordou a transição do modelo de trabalho 100% remoto para o híbrido. O encontro, realizado tanto presencialmente quanto por videoconferência via Zoom, contou com a participação de aproximadamente 7 mil dos 9,5 mil colaboradores da fintech.
A decisão de demissão veio como consequência da reação de parte dos empregados, que demonstraram irritação e interromperam gestores, utilizando linguagem considerada ofensiva e com palavrões, em defesa da manutenção do trabalho remoto integral. O incidente levou ao acionamento do Comitê de Conduta da empresa.
Após a avaliação dos casos, o Comitê de Conduta do Nubank classificou o comportamento dos envolvidos como “grave e desrespeitoso”, resultando no desligamento dos 12 funcionários e na aplicação de advertências formais a outros profissionais.
Em comunicado à imprensa, o banco ressaltou que, embora “trabalhe para preservar canais e rituais abertos para o livre debate entre seus funcionários”, não tolera “desrespeito e violações de conduta”.
Internamente, Henrique Fragelli, diretor de Risco do Nubank, enviou um e-mail aos times, solicitando maior profissionalismo e classificando os comentários feitos no chat do Zoom durante a reunião como “inaceitáveis”.
A mudança na política de trabalho foi anunciada na quinta-feira, 6 de novembro. A partir de julho de 2026, a nova diretriz exigirá que 70% dos colaboradores compareçam ao escritório por, no mínimo, dois dias por semana. Esse número será elevado para três dias semanais em 2027.
Até então, o Nubank adotava um dos modelos mais flexíveis do setor financeiro, permitindo que os funcionários comparecessem ao ambiente de trabalho apenas uma semana a cada trimestre.
A implementação gradual do regime híbrido marca uma alteração significativa na cultura de trabalho da fintech, gerando repercussões que culminaram nas recentes demissões por questões de conduta.
