Aécio Neves, recém‑eleito presidente do PSDB, abriu processo contra Lula e o PT depois que o presidente fez um discurso na rede nacional anunciando a ampliação da isenção do Imposto de Renda na noite de domingo (30).
Em comunicado, Neves pediu ao Judiciário que obrigue o governo Lula a devolver ao caixa público o dinheiro gasto com a transmissão, alegando desvio de finalidade.
Depois de assumir a liderança dos tucanos, Neves afirmou ter encontrado outros casos de abuso e, por isso, enviou à Câmara um projeto de lei que estabelece regras mais duras para usar a rede nacional de rádio e TV.
Neves garantiu que vai devolver o peso ao PSDB no Brasil, acabar com a briga Lula‑Bolsonaro e tornar o partido importante para a democracia e a direita. Ele mira a governadoria de Minas Gerais em 2026, onde terá que enfrentar a direita de Romeu Zema (Novo) e quem estiver ao lado de Lula, já que o apoio que esperava de Rodrigo Pacheco (PSD) parece não se concretizar.
O que vemos aqui é a oposição que o regime permite: o chamado “teatro das tesouras”. É uma jogada que finge disputa entre duas forças, mas na prática elas se ajudam para manter o mesmo objetivo, enganando o eleitor. A metáfora das lâminas da tesoura, que só funcionam juntas, serve para mostrar como PT e PSDB se revezam no poder e impedem uma oposição de verdade de aparecer. No Ceará, por exemplo, o PSDB colocou Ciro Gomes como candidato.
