A Polícia Civil do Tocantins capturou o terceiro suspeito do duplo assassinato de um casal de pastores no Assentamento Pericatu, em Pium, no centro‑oeste do estado. A detenção foi feita na quinta‑feira (4), na sequência de mandados cumpridos no distrito de Luzimangues, dentro da nova fase da Operação Viúva Negra.
Trata‑se de um homem de 51 anos, acusado de ter participado ativamente do assassinato de Francilene de Sousa Reis e Silva, 42, e Dorvalino das Dores da Silva, 63, em junho de 2025. Mandados de prisão e de busca e apreensão foram emitidos contra ele.
A 57ª Delegacia de Polícia de Pium descobriu que o suspeito entregou e dirigiu a moto que levou o executor até o local do crime. A moto foi achada na garagem da casa do preso, que teria sido pago pelo serviço.
A delegada Jeannie Daier de Andrade, que comanda o caso, destacou a importância da participação do terceiro suspeito.
A operação recebeu esse nome porque, segundo as investigações, a ex‑nora das vítimas planejou e mandou o crime. O motivo seria a recusa em aceitar o fim do relacionamento com o filho do casal.
A polícia descobriu que a mulher ameaçou o ex‑marido e sua família, dizendo que se não houvesse reconciliação, os pais dele “pagariam as consequências”. Também foi provado que ela criou um perfil falso nas redes, usando o nome “Sargento Ferreira”, para assustar a família do ex‑companheiro.
Antes desta captura, a polícia já prendia a mandante e o namorado dela, apontado como executor dos homicídios. Investigadores ainda constataram que o terceiro suspeito já teve um romance com uma parente próxima da mandante.
A apuração mostrou que, poucos dias antes do crime, a mandante viajou de Joinville (SC) ao Tocantins acompanhada do atual companheiro. Eles foram ao Assentamento Pericatu, onde vivia o casal de pastores. Depois, a mulher voltou para Santa Catarina, e o executor ficou no Tocantins para realizar os assassinatos, contando com a ajuda do homem preso esta semana.
Depois dos trâmites legais, o terceiro suspeito foi levado para a Unidade Prisional de Paraíso do Tocantins, onde fica à disposição da Justiça. A Polícia Civil segue com as investigações.
