PF Encontra Pagamento Milionário à Filha de Ministro do STJ em Escândalo de Sentenças

Um novo capítulo chocante se desenrola na investigação sobre o suposto esquema de venda de sentenças no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A Polícia Federal (PF) encontrou indícios de um pagamento superior a R$ 1 milhão à filha de um dos ministros da Corte, revelando a extensão de um caso que abala a segunda mais importante corte do país.

O inquérito da PF aponta Andreson de Oliveira Gonçalves, que cumpre prisão domiciliar, como uma figura central. Ele é descrito como um “arquivo vivo”, suspeito de intermediar o contato entre empresários e gabinetes de ministros e desembargadores do STJ.

O rastreamento do suposto esquema teve início após o assassinato do advogado Roberto Zampieri no Mato Grosso, em 2023. Zampieri seria parceiro de Andreson na articulação dos pagamentos. Nos celulares de ambos, a PF recuperou mais de 3.500 mensagens, incluindo ameaças, extorsões e promessas de resolução de casos judiciais mediante pagamento de propinas.

A Polícia Federal suspeita que ex-servidores que atuavam nos gabinetes dos ministros Og Fernandes, Paulo Moura Ribeiro, Nancy Andrighi e Isabel Gallotti recebiam dinheiro em troca de informações sensíveis e minutas de decisões judiciais. Essas informações seriam encomendadas pelos lobistas para favorecer empresários.

A investigação da PF encontrou menções específicas de pagamentos a Catarina Buzzi, filha do ministro do STJ Marco Buzzi. Um diálogo, recuperado em uma foto no celular de Andreson, indica que uma pessoa identificada como Carlos Chaves teria repassado R$ 1,2 milhão a Catarina Buzzi e a outra advogada.

Esta informação está detalhada em um relatório mantido sob sigilo pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A defesa de Catarina Buzzi se manifesta, classificando a tentativa de envolvê-la na investigação como “descabida e maliciosa”. A advogada nega conhecer Carlos Chaves e Andreson, e afirma não ter recebido qualquer pagamento. O ministro Marco Buzzi, por sua vez, declara que “não acompanha as relações comerciais da filha ou de qualquer outro advogado”.

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