A escalada da violência impulsionou uma reunião crucial em Brasília: o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), encontrou-se com o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite.
O encontro ocorreu em meio à repercussão da megaoperação policial contra o Comando Vermelho (CV) no Rio de Janeiro, que resultou em mais de 60 mortes, incluindo quatro policiais.
No centro da pauta, o projeto de lei que propõe a classificação de organizações criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC), o CV e milícias como grupos terroristas. Derrite, atualmente licenciado do mandato de deputado federal, é o relator dessa importante proposta.
A recente operação nos complexos da Maré e do Alemão intensificou a cobrança da oposição sobre Motta para levar o projeto à votação no plenário. A expectativa é que Derrite possa até mesmo reassumir seu mandato na próxima semana para articular sua aprovação.
Questionado sobre os detalhes, o presidente da Câmara confirmou a reunião, mas preferiu não se comprometer com a votação imediata do projeto na próxima semana. Sua resposta foi: ‘Estamos conversando’.
A proposta, apresentada pelo deputado Danilo Forte (União-CE) em março de 2025, ganhou força após o Ministério da Justiça negar um pedido dos Estados Unidos para classificar as facções brasileiras como organizações terroristas.
