Proposta ‘Aliança Contra o Crime’ de Sidônio Palmeira Racha Governo Lula

Uma proposta de segurança pública elaborada pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, gerou profunda divisão dentro do governo federal. O plano, batizado de “Aliança Contra o Crime pela Paz”, foi apresentado ao Presidente Lula em resposta às recentes operações contra o Comando Vermelho no Rio de Janeiro, mas provocou um racha interno no Planalto.

A iniciativa visa reposicionar o governo federal no debate sobre segurança pública, contemplando ações como a intensificação da apreensão de entorpecentes, a implementação de centros integrados de segurança e o fortalecimento de investigações direcionadas a organizações criminosas.

No entanto, um dos pontos centrais de discordância reside na sugestão de Sidônio Palmeira para que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, coordene o projeto. Essa indicação não foi bem recebida por parte de outros auxiliares presidenciais, suscitando debates internos sobre a real viabilidade da proposta.

No Ministério da Justiça e Segurança Pública, a resistência é particularmente notável. Assessores próximos ao presidente avaliam que designar Rui Costa para a liderança do projeto poderia enfraquecer a autoridade do ministro Ricardo Lewandowski, estabelecendo um conflito de competências na estrutura governamental.

Outro fator de preocupação reside no cronograma político de Rui Costa. O chefe da Casa Civil planeja deixar o cargo em abril de 2026 para concorrer ao governo da Bahia, o que comprometeria a continuidade e a estabilidade da coordenação do plano em um período crucial de sua execução.

Adicionalmente, uma terceira corrente dentro do governo expressa receio quanto às implicações políticas da proposta. Este grupo argumenta que assumir um protagonismo tão central na área de segurança pública, que tradicionalmente é de responsabilidade dos estados, poderia transferir para Lula a responsabilidade por eventuais insucessos no setor durante um ano eleitoral.

Diante das divergências apresentadas, o Presidente Lula adotou uma postura cautelosa. Segundo informações de assessores presentes no encontro, o presidente apenas acompanhou a apresentação feita por Sidônio Palmeira, sem manifestar um posicionamento definitivo sobre a “Aliança Contra o Crime pela Paz”.

A expectativa no Palácio do Planalto é que o tema seja retomado para uma avaliação mais aprofundada somente após a conclusão da participação do presidente na COP30, período em que ele poderá considerar os diferentes aspectos da proposta.

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