O STJ acabou com qualquer possibilidade de saber quem pagou a defesa de Adélio Bispo, que esfaqueou Jair Bolsonaro em 2018. O ministro Joel Ilan Paciornik, sozinho, rejeitou o pedido da OAB para abrir o sigilo do advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, dizendo que o caso já não tinha mais objeto porque o inquérito policial foi encerrado.
Isso significa que quem financiou a defesa de Adélio fica protegido para sempre, já que ele sempre disse que não tinha dinheiro para contratar um advogado particular.
Assim, desaparece a última chance de descobrir quem pagou os honorários altos dos advogados de Adélio, uma das maiores questões sobre o ataque.
A PF já fechou duas investigações, em 2019 e 2020, sem identificar quem mandou ou pagou, mantendo a versão oficial de que Adélio agiu por conta própria.
Para os críticos, a decisão do STJ fecha uma investigação que nunca quis chegar ao fundo da questão, deixando impune quem pagou a defesa do homem que quase matou o então candidato à presidência. O caso ainda deixa marcas profundas até hoje.
