Donald Trump, presidente dos EUA, aumentou a pressão contra o governo de Nicolás Maduro na Venezuela nas últimas semanas.
Os EUA rotularam Maduro como chefe de grupo terrorista, enviaram navios de guerra ao Caribe e fecharam o espaço aéreo da Venezuela.
Na quarta‑feira (4), Trump deixou sua posição clara em entrevista com a imprensa.
Ele ainda criticou o processo eleitoral venezuelano.
A Casa Branca diz que as medidas visam combater o tráfico de drogas e impedir a entrada de criminosos nos EUA.
Segundo fontes internas citadas pelo New York Times, o verdadeiro objetivo é tirar Maduro do poder, mesmo depois da derrota nas eleições de 2024.
O Pentágono já rascunhou planos de intervenção militar, incluindo missões de forças especiais para capturar o líder venezuelano, informou um jornal americano.
A pressão constante está abalando Maduro fisicamente e emocionalmente, e ele aumentou sua segurança pessoal.
Assessores de Maduro sugeriram que ele poderia deixar o cargo em 2027.
Trump descartou a sugestão e exigiu a renúncia imediata de Maduro.
Se Maduro for removido, vários cenários de sucessão podem surgir.
A vice‑presidenta e ministra do Petróleo, Delcy Rodríguez, seria a sucessora constitucional caso Maduro renuncie ou fique incapacitado.
Rodríguez, vista como moderada dentro do regime, promoveu reformas pró‑mercado que ajudaram a estabilizar a economia após anos de colapso.
Seu governo interino se caracterizou por privatizar empresas estatais e adotar políticas fiscais conservadoras.
Como presidente interina, ela teria a obrigação de marcar novas eleições.
Diosdado Cabello, ministro do Interior, é outro nome forte na disputa pela sucessão.
Grupos de direitos humanos o apontam como responsável pela máquina repressiva do governo.
Ex‑tenente e aliado próximo de Hugo Chávez, Cabello lidera a facção linha‑dura que quer manter o status quo.
Do lado da oposição, María Corina Machado surge como a principal líder.
Sua campanha conservadora venceu as eleições presidenciais do ano passado, vitória reconhecida internacionalmente e que lhe rendeu o Nobel da Paz em 2025.
Machado foi forçada a se esconder dentro da Venezuela por causa da repressão do governo.
Mesmo assim, ela continua denunciando a permanência ilegal de Maduro e as violações de direitos humanos em vídeos.
Edmundo González completa a lista de possíveis sucessores, sendo considerado candidato legítimo pelos observadores internacionais.
O diplomata aposentado entrou na corrida presidencial da oposição em 2024 depois que Machado foi impedida de concorrer pelo regime.
Jorge Rodríguez, presidente do Congresso e irmão de Delcy, atua como principal estrategista político de Maduro.
Ele representa o governo nas negociações com os EUA há anos, inclusive nas conversas recentes com a administração Trump em 2025.
O general Vladimir Padrino López, ministro da Defesa, é outro pilar do atual regime.
Como o oficial de mais alta patente das Forças Armadas, ele foi encarregado por Maduro de garantir a lealdade das diferentes facções militares.
Sob seu comando, unidades militares reprimiram protestos ao longo dos anos.
