Toffoli toma 1ª medida no caso do Banco Master e não surpreende absolutamente ninguém

Na sexta‑feira (28), o ministro Dias Toffoli, do STF, mudou a classificação do caso que a defesa de Daniel Vorcaro abriu contra a operação da Justiça Federal que resultou em sua prisão. O processo saiu de “segredo de Justiça” para “sigiloso”, o que corta ainda mais quem pode ver os documentos.

Na quinta‑feira (27), os advogados de Vorcaro entraram com a reclamação no STF. Esse tipo de pedido serve para que as decisões da Corte sejam obedecidas pelos tribunais menores. A defesa alega que a Justiça Federal de Brasília não tem competência para investigar Vorcaro, porque o caso envolve um contrato imobiliário que cita o deputado João Carlos Bacelar (PL‑BA) e, por isso, deveria ser julgado no STF.

O STF respondeu que, de acordo com sua regra interna, quem conduz o caso decide o grau de sigilo de processos, peças ou documentos. Também disse que essa decisão pode ser alterada a qualquer momento.

Depois da mudança, o público não consegue mais ver o processo no site do STF. Não dá para checar se há petições novas ou decisões. Só os advogados da parte, o Ministério Público (quando for chamado) e alguns servidores do gabinete do ministro Toffoli podem acessar o caso.

Uma fonte do STF contou que, em “segredo de Justiça”, outros gabinetes podem consultar o processo, então mais pessoas têm acesso. Quando o caso fica “sigiloso”, só o gabinete do relator pode ver. O ministro, então, controla tudo que pode ser divulgado.

A mesma fonte reforçou que mudar de “segredo de Justiça” para “sigiloso” quase nunca acontece. Só processos de delação costumam começar já como sigilosos.

No ano passado, Toffoli foi a um congresso jurídico em Londres que recebeu patrocínio do Banco Master, empresa que tem vínculo com Vorcaro.

Também estavam no encontro os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. A esposa de Alexandre, a advogada Viviane Barci de Moraes, já havia sido contratada pelo Banco Master.

O evento também recebeu autoridades do governo Lula: o diretor‑geral da PF, Andrei Rodrigues, o então ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o ministro da AGU, Jorge Messias, que Lula indicou para uma vaga no STF.

Nenhum dos ministros revelou quem pagou a hospedagem e as passagens para o evento, que aconteceu no hotel The Peninsula, perto do Palácio de Buckingham. O hotel cobra cerca de R$ 6 mil por diária.

Post anterior
Próximo post

Como o sistema tentou destruir um presidente

Uma denúncia contundente e reveladora sobre como as engrenagens do poder se voltaram contra um presidente que ousou romper com o sistema.

Mais Populares

    Sobre Nós

    O Conteúdo Conservador é um portal comprometido com a verdade e a liberdade de expressão. Nosso propósito é informar sem censura, analisando os fatos sob uma ótica crítica e independente. Acreditamos em valores como a justiça, a soberania nacional e o direito do cidadão à informação transparente. Aqui, você encontra notícias, análises e conteúdos que desafiam as narrativas impostas e defendem os princípios que sustentam a verdadeira democracia.

    Você Pode Ter Perdido

    • All Posts
    • Brasil
    • Cultura
    • Economia
    • Esporte
    • Justiça
    • Mundo
    • Política

    © 2024 Direitos Reservados  – Conteúdo Conservador