O cenário político na América Latina se aquece com duras acusações vindas dos Estados Unidos. O ex-presidente Donald Trump lançou ataques diretos contra o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, chamando-o de “traficante de drogas ilegal” e criticando sua administração por supostamente incentivar a produção em massa de entorpecentes no país. As declarações foram feitas em uma postagem na plataforma Truth Social.
Trump não apenas acusou Petro, mas também elevou o tom ao ameaçar cortar subsídios vitais à Colômbia. A condição imposta pelo ex-presidente americano é clara: se o governo colombiano não demonstrar um combate efetivo e rigoroso ao tráfico de drogas, o apoio financeiro dos EUA será suspenso.
Reação Tímida de Bogotá e Convocação de Embaixador
Apesar da gravidade das acusações, a reação do governo colombiano foi percebida como contida. Gustavo Petro, em resposta às declarações de Trump, limitou-se a classificar o ex-presidente americano como “grosseiro e ignorante”.
Em um gesto diplomático, porém, Petro convocou seu embaixador nos Estados Unidos para consultas. A medida, embora protocolar, sinaliza o desconforto de Bogotá com a postura de Trump, mas sem escalar a retórica de forma mais agressiva.
Na Mira de Washington: De Maduro a Lula?
A avaliação de observadores políticos é que Gustavo Petro já está no radar de Donald Trump como um potencial próximo alvo. A pressão sobre líderes esquerdistas na região parece ser uma constante na estratégia de Trump, que já tem demonstrado forte oposição ao regime de Nicolás Maduro, na Venezuela.
Especialistas sugerem que, nessa linha de sucessão de possíveis alvos, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva também poderia entrar brevemente. A preocupação é que as relações diplomáticas na América Latina se tornem ainda mais tensas e imprevisíveis, especialmente em um contexto de polarização ideológica crescente.
